Sessão Nostalgia – Mamonas Assassinas

Fonte: divulgação/Google

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Abrindo o primeiro post da Sessão Nostalgia, selecionei os Mamonas assassinas. Grande banda dos anos 90 que fez sucesso no Brasil inteiro e ainda faz nos dias de hoje. Formada em 1990, por Dinho (Alecsander Alves) – vocais e violão, Bento Hinoto (Alberto Hinoto) – guitarra e violão, Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) – baixo, Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) – bateria, Júlio Rasec (Júlio César) – teclados, backing vocals e vocais. Inicialmente tinha o nome de Utopia. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró, brega, heavy metal, pagode e outros. A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses). Tiveram um sucesso meteórico. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com disco de diamante.

Com letras bem-humoradas, o álbum lançou os “Mamonas” ao estrelato nacional. No dia 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos-SP, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto). O enterro também foi transmitido na televisão, com canais interrompendo sua programação normal.

O pouco tempo que tiveram no estrelato da música nacional não diminuiu o tamanho e a proporção que a banda obteve em menos de um ano, foram inúmeros shows, apresentações no Brasil todo, participações em programas de auditórios. Enfim, os caras realmente fizeram tudo, viveram em meses muitas situações que vários músicos levavam e ainda levam anos para viver. No auge dos meus três anos de idade, os mamonas faziam sucesso no país afora. Apesar de não ser da época em que eles fizeram sucesso, anos depois acabei conhecendo as músicas e a história desses caras loucos e sempre alegres, e, simplesmente fiquei fascinado pelas músicas, escutava o cd milhares de vezes até decorar todas as músicas. Minha mãe ficava louca quando passava a tarde ouvindo e ouvindo o cd no mini system da sala.

Apresentação no Domingão do Faustão - Fonte: divulgação/Google

Apresentação no Domingão do Faustão – Fonte: divulgação/Google

Aquele estilo de música, o jeito de se vestir, sem restrições, sempre na maior zoação de tudo e de todos, era o que me fascinava, “Como marmanjos daquele tamanho usava roupas infantis, fantasias em shows e apresentações em programas de Tv e achavam isso normal?” era a pergunta que sempre me vinha na cabeça. E cheguei a conclusão que eles agiam daquela forma porque eram felizes sendo assim, com caretas que faziam rir em um simples relance, piadas que te faziam rir de tão idiotas que eram, o jeito engraçado e extrovertido de levar a vida e de lidar com as situações.

Os Mamonas Assassinas, não só trouxeram um novo ritmo ao cenário musical brasileiro, mas trouxeram um jeito totalmente novo de lidar com todo o estrelismo, com a fama, o assédio dos fãs, da imprensa, um jeito de lidar com a vida, um jeito de dizer: “Vem rir comigo também seu trouxa”.

Em 2015 serão completados 19 anos do falecimento dos manolos mais loucos e alegres da música brasileira. Até hoje eles continuam sendo lembrados, admirados, invejados, saudados e amados pelos familiares, músicos e pelos inúmeros fãs. E ficamos aqui, com uma enorme saudade, e nos tornamos eternos viúvos dos mamonas, viúvos que sorriem e se entristecem ao escutar um simples: “ao toque de quatro já vai. Já, já, já, já vai!!”

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